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| contos de terror | |
| | Autor | Mensagem |
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Pablo VIP
Número de Mensagens : 509 Idade : 32 Localização : casa Emprego/lazer : estudante Humor : bom XD Data de inscrição : 23/02/2008
| Assunto: contos de terror Qua Ago 20 2008, 12:29 | |
| Definitivamente não acredito em espiritos. Acredito em fantasmas. Pode parecer estranho, mas deixe-me contar minha história para que possa me entender... antes que eles cheguem.
Amanheceu um dia lindo de sol. Abri a janela, respirei fundo e... ouvi dois tiros. Me abaixei rapidamente. Fiquei trêmulo. Permaneci imóvel por uns cinco minutos, de olhos fechados e tapando os ouvidos. Quando abri os olhos, ele estava lá. Olhando para mim com seu rosto pálido e assustador.
Tudo começou nesse dia. Minha mãe voltou correndo para casa para ver se eu estava bem. Disse que um homem tentou assaltar uma moça. O bandido acabou assassinando a jovem e seu filho de dez anos.
Todos os dias ele está ao meu lado. Seu nome era Robson e, como eu já disse, tinha dez anos. Nunca mais dormi uma noite completa de sono depois daqueles dois tiros. Robson fica todas as noites de pé, ao lado da minha cama, me olhando. Ele não fala nada, mas faz muito barulho. Ele bate as portas do guarda roupa, acende as luzes do quarto e espalha minhas roupas.
Já falei com minha mãe sobre ele, mas ela acha que estou inventando desculpas para minha bagunça.
Meu tormento tornou-se maior quando Robson começou a tentar se comunicar comigo. Um dia ele rasgou uma foto dos meus pais ao meio, separando-os. Chorei de raiva e de desespero, mas ele não entendia. Seus olhos ficaram vermelhos de ódio e de sua boca saia um líquido espumoso, que manchava o carpete de casa. Ele avançou contra meu pescoço, mas minha mãe chegou a tempo e ele desapareceu antes que ela o visse. Em outra ocasião, ele pegou a metade da foto com minha mãe e tentou colocar fogo. Por muito pouco não causa um incêndio em meu quarto.
Certa noite, acordei com um som metálico batendo nos móveis. Quando pude perceber, Robson estava de pé, ao lado da minha cama, apontando uma arma para minha cabeça. Não tive tempo de pensar. Ele apertou o gatilho sete vezes e desapareceu. A pistola caiu no chão. Por sorte, não havia munição na arma.
Resolvi mostrar para meus pais a arma e tentar contar o que aconteceu. Durante o café da manhã, mostrei a arma para eles. Minha mãe ficou apavorada. Deixou cair a xícara de café que tomava. Meu pai, um pouco mais calmo, me perguntou onde peguei a arma. Eu apenas disse:
- Uma criança, chamada Robson me deu.
Dessa vez foi meu pai quem ficou nervoso. Suas mãos tremiam sobre as migalhas de pão. Ele me pediu a arma, deixou-a sobre a mesa e disse já com lágrimas nos olhos:
- Preciso contar uma coisa a vocês. Essa criança, o Robson, que te acompanha, é seu irmão. Ele era filho daquela moça que morreu há alguns meses atrás. Eu traí sua mãe, meu filho, e voltei a traí-la há algum tempo atrás, até que o destino acabou com a traição da pior forma possível. Não consigo mais esconder isso. Essa criança me perturba todas as noites. Não posso mais conviver com isso. Peço perdão, minha querid...
Antes de terminar a frase, minha mãe já havia enviado a faca de pão pelo pescoço do meu pai.
- Pensa que não sei, seu desgraçado? Fui eu quem pegou a arma e matou aquela vagabunda e o pivete que você teve com ela! Não agüentava mais isso! Eu precisava por um fim nisso! E hoje eu o farei!
Minha mãe passou a faca nos olhos do papai. Ele tentava gritar, mas o sangue que escorria de sua garganta o impedia de fazer qualquer movimento. Ela mordia suas orelhas, arrancando pedaço por pedaço da carne de seu rosto. Não eram mais meus pais. Eram dois demônios encarnados em pessoas. Corri para meu quarto e me tranquei. Lá, encontrei Robson segurando três cartuchos de munição para a arma. Não tive dúvida: Corri para a cozinha, peguei a arma, carreguei-a e atirei nas costas da minha mãe.
A polícia chegou ao local e não teve dúvidas: Matei meus pais. Hoje vivo trancado aqui no hospital psiquiátrico de Natal. Longe de tudo, da família que me resta, dos amigos e da sanidade mental que eu tinha antes.
Tenho que encerrar essa história por aqui. Meu pai está aqui do meu lado e me pede para que eu seja breve, pois eles já sabem onde eu estou. Robson e minha mãe estão ai com você, parados do seu lado direito lendo minhas palavras. | |
| | | Pablo VIP
Número de Mensagens : 509 Idade : 32 Localização : casa Emprego/lazer : estudante Humor : bom XD Data de inscrição : 23/02/2008
| Assunto: Brincando com os mortos Qua Ago 20 2008, 12:44 | |
| Em uma noite iluminada por uma lua minguante num céu sem estrelas, quatro jovens resolvem fazer o famoso "jogo do copo".
Reúnem-se na casa do mais velho, o líder da turma. Depois de uma oração em tom de brincadeira, começa a sessão de perguntas para o pseudo-espírito na mesa.
- Qual o seu nome? Pergunta uma das meninas da turma.
O copo se move para as letras formando a palavra P-A-L-H-A-Ç-O. Todos ficam assustados com o movimento, mas acham estranho que tenha se formado essa combinação. Exceto o líder da turma, que solta uma gargalhada quando a palavra é formada.
- O que você quer? Pergunta o segundo jovem:
P - U - M. É a palavra que aparece no tabuleiro. O jovem líder cai na gargalhada, solta o copo e sai de perto do tabuleiro:
- Essa brincadeira é cretina, estúpida. Fui eu quem fez o copo se mexer. Viram como isso não funciona?
- Cuidado. Não fique brincando com essas coisas. Você pode ser castigado - Retruca a pequena jovem.
Todos vão embora da casa do rapaz, indignados coma brincadeira sem graça do amigo. Como já era tarde, ele se prepara para dormir. Entra em seu quarto, deita em sua cama e começa uma oração. No meio de sua prece, ele sente uma dor muito forte no peito. Seu pijama azul tem uma mancha escura e que vai aumentando. O jovem coloca a mão na boca para conter um grito, mas percebe que sua boca também está sangrando. Seu nariz pinga mais sangue ainda, marcando o chão com poças avermelhadas.
Desesperado, ele vai ao quarto de seus pais e os encontram enforcados, pendurados no lustre sobre a cama, movimentando seus braços em busca do corpo do rapaz. Os gritos e palavras mórbidas ecoam por toda a casa:
- Maldito. Porquê você fez isso?
O jovem corre para fora de casa e bate na porta da casa de seus amigos. Ninguém atende. Seus gritos misturados com suas lágrimas pintam seu rosto de vermelho.
Cansado de gritar, ele fica em silêncio, mas ouve algumas gargalhadas. Tentando descobrir de onde vem as vozes, ele corre em direção ao som, e percebe que saem da garagem de sua própria casa.
Ao abrir a porta, ele se depara com uma cena macabra: Seus três amigos, sentados no chão, fazendo o jogo do copo. As gargalhadas eram assustadores, como crianças que se divertem com um brinquedo novo. Chegando mais perto, o jovem percebe que o copo se movia sozinho, sem nenhum dedo no tabuleiro. O copo fazia movimentos repetitivos para as palavras P-A-L-H-A-Ç-O. Movimentos cada vez mais rápidos formavam a palavra P-A-L-H-A-Ç-O, P-A-L-H-A-Ç-O, P-A-L-H-A-Ç-O, até que o copo explode.
Assustado, suado e com muito medo, o jovem acorda. Sim, foi um sonho. Ele olha a sua volta e não há sangue. O silêncio reina pela casa. Mais calmo, ele vai até o banheiro, onde tem uma surpresa ao se olhar no espelho: Seus olhos e sua boca, vermelhos de sangue, formam uma pintura de palhaço. Mesmo jogando água em sua face, a mancha não sai. Em um ato de desespero, o rapaz corre para o quarto dos pais. Quando ele abre a porta, encontra seu pai de pé, em frente à porta com uma arma na mão. Antes que ele pudesse pronunciar qualquer palavra, um único som toma conta de toda a casa: P-U-M.
No dia seguinte, todos os seus amigos vão ao velório de seu colega: O jovem palhaço que morreu com um tiro na cabeça. | |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: a mulher da meia noite Seg Ago 25 2008, 09:23 | |
| A Mulher da Meia Noite,também Dama de Vermelho, Dama de Branco , é um mito universal. Ocorre nas Américas e em toda Europa. É uma aparição na forma de uma mulher, normalmente vestida de branco, mas pode ser também de vermelho. Alguns dizem, que é uma alma penada que não sabe que já morreu, outros afirmam que é o fantasma de uma jovem assassinada que desde então vaga sem rumo. Na verdade ela não aparece à meia-noite , e sim, desaparece nessa hora. Linda como é, parece uma jovem normal. Gosta de se aproximar de homens solitários nas mesas de bar e logo o convida para que a leve para casa.Encantado com tamanha beleza, todos aceitam na hora. Eles caminham, e conversando logo chegam ao destino. Parando ao lado de um muro alto, ela então diz ao acompanhante: "É aqui que eu moro...". É nesse momento que a pessoa se dá conta que está ao lado de um cemitério , e antes que possa dizer alguma coisa, ela desaparece, e nessa hora, o sino da igreja anuncia que é meia noite. Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo boleia . Então pede ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez a pessoa só percebe que está diante do cemitério, quando ela com sua voz suave e encantadora diz: "É aqui que eu moro, não quer entrar comigo...?". Gelado da cabeça aos pés, a única coisa que a pessoa vê, é que ela acabou de sumir diante dos seus olhos, à meia-noite em ponto. |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Debaixo da cama Seg Ago 25 2008, 09:25 | |
| São exatamente 1h e 13min da manhã, e eu estou com aquela insônia, por isso lembrei e resolvi contar o que aconteceu com um amigo meu chamado Roberto. Quem nunca sentiu medo de olhar pra baixo da cama durante a noite? Pois é, muitas pessoas acham isso uma parvoice infantil, e o Roberto era uma dessas pessoas, até aquele dia, ou melhor, noite. Assim como eu, ele também sofre de insônia, e passa horas tentando conciliar o sono que só chega depois que o corpo enfim é vencido pelo cansaço físico e mental. Para "chamar" o sono, Roberto prefere ler qualquer coisa, desde jornais, revistas, livros. Numa noite quente de Fevereiro, habitualmente como em todas as noites,ligou a ventoinha e deitou-se na cama, como não tinha outra coisa à mão para ler, resolveu pegar uma receita de um remédio calmante (que ele tomava) e começou a olhá-la, quando de repente o vento forte da ventoinha derrubou a receita para debaixo da cama. Ele curvou-se para apanhá-la e no meio da penumbra debaixo da cama (pois a luz do quarto era bastante fraca) e viu um par de olhos esbranquiçados,que olharam fixamente nos seus. Roberto rapidamente voltou para cima da cama achando que estava meio sonolento, que não tinha visto nada, e pensou: "Eu posso ter me confundido com algo, vai ver era pó ou um pedaço do lençol da cama, e imaginei que fosse outra coisa." Antes fosse!Ele apagou a luz e tentou dormir. Quando já estava quase a deixar-se dormir, sentiu que o lençol começou a deslizar em direção aos seus pés, não deu a mínima importância, achando que era o vento do ventilador. Dormiu e, quando acordou de manhã, notou que o lençol não estava na cama, subitamente com os raios do sol adentrando ao quarto, olhou para baixo da cama, e lá estava ele (o lençol) ainda quente, como se alguém tivesse dormido nele. "Mas, quem?" Pensou Roberto. Mais uma vez achou tudo aquilo uma parvoíce, mas, durante uma semana inteira o fato voltou a ocorrer, do mesmo jeito - todas as manhãs seu lençol encontrava-se embaixo da cama, e quente. Foi então que ele resolveu me contar tudo, e eu lhe disse que nesses casos poderia ser uma reação adversa do calmante que ele tomava, poderia estar causando-lhe alucinações. Disse também que deveria suspender o uso pra ver o que iria acontecer, já que mesmo tomando o remédio ele ainda sentia insônia. A partir daquele dia ele parou com o remédio e esperou ansioso a noite chegar. Mais uma vez deitou-se e sentiu um enorme calafrio quando novamente quando ele (o lençol) foi puxado. Roberto permaneceu imóvel até o raiar do sol. E o lençol? Já sabemos onde e como estava. E tu, já olhaste para embaixo da tua cama hoje? |
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| Assunto: Re: contos de terror | |
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